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24 jan 2022

Palestra Safra 2022

A Fazendão Agronegócio vem trabalhando arduamente para oferecer aos seus colaboradores, parceiros e clientes o melhor atendimento, tecnologia e informação que há na economia agrícola do nosso país e do mundo. Pensando nisso, promoveu no dia 03 de dezembro de 2021, no Kazara Eventos, um workshop com o tema “Safra 2022”, para que os produtores parceiros estejam sempre bem preparados para uma boa colheita e uma boa colocação no mercado do agronegócio. Na ocasião, também foi apresentada a nova sede da empresa Fazendão – Central Palmas.

Durante algumas horas o palestrante Fernando Muraro – Engenheiro Agrônomo e fundador da AgRural (empresa de consultoria de mercado, especializada na assessoria de comercialização de soja, milho e algodão), abordou temas importantes como: O mercado futuro, commodities agrícolas e suas correlações com o nosso cenário atual de pandemia.

Muraro iniciou sua apresentação trazendo uma atualização das questões financeiras do mercado mundial. A pandemia, além de prejuízos à saúde, ensino e cultura, trouxe consigo um grande problema para a economia global, pois forçou (e muito) a expansão monetária por parte dos grandes países, como Estados Unidos, Japão e Inglaterra, entre outros. Isso quer dizer que os Bancos Centrais desses países recorreram, durante a pandemia, à técnica de injetar no mercado uma grande quantidade de dinheiro, aumentando a impressão de moeda e/ou aumentado a oferta de crédito. O problema de utilizar essa técnica é que isso eleva muito rapidamente a inflação. Como exemplo, aqui no Brasil houve uma inflação de quase 11%, nos Estados Unidos houve uma inflação de 6% e a grande maioria dos países europeus teve um aumento da inflação de 4%. Para combater essa inflação, os países terão que aumentar nos próximos anos as taxas de juros no mercado.

Ainda ligada ao tema, a segunda parte da apresentação de Muraro nos trouxe a realidade da DEMANDA mundial de produtos, isto é: a ação de procura, que foi gravemente afetada por causa da inflação comentada no tópico anterior. Países como a China, por exemplo, consumiu em 2021 menos soja e milho do que consumiu em 2020, uma vez que o poder de compra dos chineses diminuiu muito. Diferente do Brasil, em que houve um incentivo governamental para a renda de sua população através de programas sociais, na China não houve essa ação. Usando matemática simples: quanto menos dinheiro, menos compra; quanto menos meio capitais, menos procura. A globalização, embora tenha aberto novos mundos para as pessoas e para os países, também permite que esses mundos compartilhem de grandes momentos de dificuldades juntos também.

No terceiro momento da palestra, Muraro explanou a realidade da OFERTA de produtos, sobretudo da América do Sul como um todo. O senhor Fernando começou a última parte da sua apresentação levando o seu público por um passeio pela Geografia, lembrando de eventos climáticos famosos, como o La Niña, e como ele afeta diretamente o clima e, consequentemente, a produção de produtos e a economia do agronegócio.

NOTA: O La Niña é um fenômeno climático de resfriamento e aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial. As consequências desse evento afetam todo o planeta.

Como exemplo, países como Chile, Argentina, Equador e Peru sofreram, no final de 2021 e no início de 2022, com um tempo mais seco e frio do que o habitual. No Brasil, tivemos intensas chuva na região Norte e Nordeste e, na região Sul, houve intenso calor e seca severa. Isso tudo leva empresas do agronegócio a ter um ano bem ruim de colheita, uma vez que a produção cai bastante durante esse período.

Por último, mas não menos importante, foi sinalizado ao público presente que tomem cuidado com operações financeiras em anos de eleição, uma vez que as taxas de câmbio ficam muito voláteis nessa época.